08 março 2007
O sujeito morreu e, como convém a todo defunto que se preza, ele foi posto dentro do recipiente adequado: o caixão. O velório já ia começar, quando o agente funerário chamou a viúva assim prum lado e falou que havia um problema. E o agente explicou meio sem jeito:
- É o instrumento do doutor. Não tem jeito dele ficar abaixado. A gente abaixa ele, bota as flores em cima, mas daí a pouco ele levanta outra vez. O que é que a gente faz?
A viúva pensou um pouco e disse:
- Corta e enfia nele.
- O quêêê??!!!! - espantou-se o agente funerário.
- É isso que o senhor ouviu: corta e enfia nele.
O agente tentou argumentar, que isso não se faz, pediu a ela outra solução, mas não teve acordo:
- Corta e enfia nele - disse a viúva com muita determinação.
E assim foi feito.
Quando o caixão foi levado para a sala do velório, a viúva chegou bem perto do defunto marido e viu uma lágrima escorrendo do olho dele. Aí ela chegou bem juntinho do ouvido dele e sussurrou:
- Dói não, né?
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